José Marques

Confirma-se o que já se sabia. Que a historia da "espionagem" do Governo sobre Belém foi forjada (Louçã, já o tinha dito) pelo assessor do Presidente da República Fernando Lima, que a "plantou" no Público, e que de forma cobarde, queria que a “inventona”nascesse na Madeira, não tendo havido a mínima confirmação factual da inverosímil história.

O acontecimento revela um inacreditável grau de paranóia política para os lados de Belém, que só pode responsabilizar Cavaco Silva, mesmo que não tenha fundamento a alegação de que a acusação foi feita a pedido do próprio Presidente.
Cavaco Silva só tem uma saída para varrer a sua inventona: afastar imediatamente a conspirativa personagem. Quem tem assessores destes tem de se responsabilizar por eles.

O que é verdadeiramente insuportável é a continuação deste clima de desconfiança entre dois dos principais órgãos de soberania nacionais. Viver num país em que um chefe de Estado desconfia do Governo - e parece desconfiar, na exacta medida em que não desmentiu nenhuma das notícias sobre a matéria - roça o delírio

Não votei no Cavaco, pelo contrário. Sabia-se que caso fosse eleito, seria tudo aquilo que um Chefe de Estado não deve ser. Mais uma vez, Cavaco foi igual a si próprio, leu pelo papel aquilo que um qualquer assessor lhe ditou, escolheu mal a data para falar, criou uma série de especulações sobre o que iria falar, para no fundo tudo se resumir a um flop, pior, a uma série de banalidades.

Fonte: Imprensa

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