José Marques
Ao contrário da informação que circula na Net, vídeo foi captado no Brasil, em 2008.
Recentemente, tem circulado entre os internautas portugueses um vídeo de um brutal espancamento que supostamente teria ocorrido no Centro Comercial Stop, no Porto. Vários leitores do JN, via e-mail, mostraram-se indignados com o facto de nada ter sido reportado pela Comunicação Social e com a aparente impunidade dos “Gangs da Noite”.

Porém, e ao contrário do que afirma a mensagem que acompanha o ficheiro, a bárbara agressão não ocorreu na cidade do Porto e nem sequer em Portugal, mas, sim, em Sorocaba, no Brasil, a 1 de Junho do ano passado.
O vídeo foi gravado com a câmara de segurança localizada à porta de um bar de uma galeria comercial. Nas imagens vê-se Fabiano Dias Rodrigues, de 24 anos, a ser perseguido por um grupo de oito jovens e a tentar escapar para dentro do estabelecimento. No entanto, os seguranças do bar barram-lhe a entrada e fecham a porta, deixando-o a mercê dos oito perseguidores.
O minuto que se segue é de uma violência brutal e gratuita, com os oito jovens a agredirem ao soco e ao pontapé Fabiano que cai ao chão desamparado. As agressões e os pontapés continuam por cerca de 30 segundos que mais parecem uma eternidade. Apesar de Fabiano já ter perdido os sentidos e estar inerte no solo, um dos agressores ainda chuta repetidamente a sua cabeça e salta algumas vezes, a pés juntos, para cima da sua cara.
Só depois de os agressores se terem posto em fuga é que os seguranças do bar saem do estabelecimento e olham com uma chocante indiferença para o corpo do jovem que jaz imóvel a poucos metros da entrada. Os seguranças ainda terão demorado algum tempo a chamar uma ambulância que demorou 15 minutos a chegar ao local.
Segundo relatou o sítio da Globo, Fabiano passou 27 dias hospitalizado e, mesmo após várias intervenções cirúrgicas, ficou com consequências permanente numa das vistas e limitações de deslocação nas pernas e numa mão. Sete dos agressores, com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos, foram detidos e estão à espera de julgamento. O outro agressor fugiu e encontra-se a monte. Entretanto, a Vigilância Sanitária fechou a discoteca e a Polícia abriu um inquérito aos seguranças por omissão de auxílio.

In: Jornal de Noticias

Mas é preciso clarificar, mas não se enganem, acontecem muitos episódios destes na cidade do Porto. Espancamentos gratuitos para simplesmente roubar meia dúzia de trocos ou um telemóvel... são conhecidos casos semelhantes de omissão de auxílio e nem a polícia nem os tribunais se interessam. Aliás a polícia... enfim, quem encontrar um polícia no Porto que me avise.
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6 Responses
  1. Anônimo Says:

    Senti vómitos ao olhar o vídeo.
    Mesmo com a idade e experiência de vida que tenho continuo sempre espantada ao ver como é possível e fácil para algumas pessoas agir de forma semelhante.
    Creio que situações destas devem ser tornadas públicas, sim, seja em que lugar do mundo aconteçam. Mas uma coisa é torná-las públicas,denunciar a sua existência, outra coisa é fazer dos agressores heróis " ao contrário ", o que poderia ter como consequência o recrudescimento da violência. Aí a comunicação social tem que saber " dosear " a notícia, dar conhecimento dos factos, relatar, apenas.
    E devemos sempre saber que fazem as autoridades relativamente a estas situações. Que se faz quando acontecem, que se faz para evitar que aconteçam. Afinal a prevenção não é eficaz só na saúde..... !!!!


  2. Anônimo Says:

    Olha, não assinei, mas sou eu aí acima.
    Caterina


  3. Anônimo Says:

    Acontece que a mim aqui neste local onde resido sem ter feito nada, fui espancada deitada ao chão e tive de chamar a policia!!Ok!...Sabes o que as pessoas a quem no passado tinha ajudado me... fizeram???Quando a polícia chegou já estavam metidas para dentro??? Fiquei com algumas mazelas...O que essa Gertrudes Saias ,mais o que toca a concertina me fizeram não há palavras!! eu fiquei tolhida, arrancaram-me cabelo e prostraram-me no chão etc,etc... Vim a saber que são ambos ex-reclusos protegidos e paus mandados, por isso a minha alma está negra, muito negra!:: Esta Gertrudes ainda por cima trabalha no Colégio Maristas de Carcavelos, ele foi motorista do centro comunitário e vivia com 2 mulheres, uma a quem chulou a vida inteira, depois ainda arranjou esta para continuar protegido a dobrar!! Toda a gente aqui viu e sabe nada fez...?? Este estado de coisas mete-me muito nojo repito!! Eu fui falar com uma advogada, que não se interessou pelo caso, tudo montado ao mais pequeno detalhe...As mesmas redes de droga prostituição e do mundo do crime...Os tais tubarões....Estou farta de sofrer para me silenciarem......Por isso,.... se pintas almas!!..A minha não sei se algum dia vai ganhar cor....??

    Elisabete Santos


  4. Anônimo Says:

    Conheces amnistia internacional??? Pedi ajuda, nada obtive!!Tenho provas que nada fizeram..
    Afinal, todos os meus direitos foram violados..mesmo os básicos!!
    Direito à justiça..Fui roubada paguei advogadas e nada fizeram...
    Direito ao trabalho...fui perseguida anos e anos...
    Direito à saúde...perdi muita saúde nada fizeram...
    Direito à verdade..tapam-se e encobrem-se uns aos outros..
    Direito à minha liberdade, sou tradada como coisa e não como uma pessoa...Até tentaram envenenár-me!!..
    Valeu tudo, mas tudo...não há palavras...!! Percebes a minha indignação....Como é possível aniquilar aos olhos de toda a gente a vida de uma pessoa!!??
    Não sou criminosa nem ladra nem prostituta nem fiz mal a ninguem...E tenho que ter a vida desfeita!? Muita falta de justiiça e maldade...

    Elisabete Santos


  5. Anônimo Says:

    Acho que em certas alturas é necessário ser-se drástico!
    Eu encostaria esses agressores contra um muro e passá-los-ia a pente fino com um brinquedinho que disparasse bem. Desculpem se vos choco, mas meias medidas, prisões preventivas,penas suspensas, liberdades condicionais,...ná! Num país tão pequeno o que precisamos é espaço, e a começar bem por cima!
    Civetta


  6. Unknown Says:

    ESPANCAMENTO EM SOROCABA
    Acusados deverão ir a júri popular daqui a um ano.
    Notícia publicada na edição de 29/04/2009 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 6 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
    O prazo mínimo para os três acusados da agressão praticada contra o metalúrgico Fabiano Dias Rodrigues ir para júri popular é de um ano, caso não haja apresentação de recurso por parte dos advogados de defesa, informou ontem o juiz da Vara de Execuções Criminais de Sorocaba, Émerson Tadeu Pires de Camargo. Outros cinco acusados estão livres. Enquanto a justiça não é feita, Fabiano luta ao lado de sua mãe, a aposentada Sebastiana Dias Rodrigues, de 60 anos, que tem sofrido e vem passando por muitas dificuldades financeiras. Enquanto meu filho fica aí deitado, os seus agressores continuam levando a vida sem problemas, mas eu não tenho sentimento de ódio por ninguém, afirma a mãe do rapaz que desabafou, dizendo que sequer os familiares dos acusados telefonaram para ela para saber como anda o seu filho. Se fosse o meu filho que tivesse feito o que fizeram, eu não iria pagar advogado não, ajudaria a família de quem o meu filho espancou.

    Em 1º de junho, completará um ano do espancamento sofrido por Fabiano que completará em 11 de junho 25 anos de idade. Ele só responde o que perguntam a ele, não ordena ideias nem inicia uma conversa. Passa a maior parte do tempo deitado, assiste à tevê, mas não tem consciência do que acontece a sua volta. Meu filho está vegetando. Dona Sebastiana luta para manter a casa da família, que é simples. Vez ou outra conta com a solidariedade de pessoas que levam cesta básica à casa da aposentada, que fica na Árvore Grande. O gabinete do vereador Tonão Silvano ajuda a mulher com remédio para o filho.

    Com uma renda de pouco mais de R$ 700, dona Sebastiana tem conhecimento das dívidas que ainda têm com a Unimed, com uma farmácia e outras do dia-a-dia, como a taxistas que fazem, pela metade do preço, o transporte de Fabiano até o médico, o neurologista André Simes, que vem acompanhando o rapaz. Ela tem esperança em um milagre para que o filho volte a ser o que era antes de 1º de junho de 2008. De acordo com o advogado de defesa de Fabiano, Márcio Roberto de Castilho Leme, o quadro clínico do rapaz não é de esperança. Ele foi violentamente espancado. As sequelas são graves, afirma.

    Fabiano foi chutado por diversas vezes na cabeça, tendo, ainda, um dos agressores pulado mais de uma vez na cabeça do rapaz, que ficou caído no chão, em frente à casa noturna Soft Music Hall, cujas câmeras filmaram toda a cena do crime. Fabiano ficou em coma por 27 dias, recebendo alta posteriormente. Fez tratamentos com terapeuta ocupacional, mas tem muita dificuldade de se manter em pé, de tomar banho, de se alimentar e até mesmo de fazer as necessidades fisiológicas sozinho.

    A situação da família é tão difícil que até cartas foram escritas para os programas dos apresentadores de televisão Sílvio Santos e Gugu Liberato. Os remédios de pressão alta e colesterol que dona Sebastiana precisa tomar são caros e ela está passando sem medicamentos. Eu não tenho como fazer nada, pois preciso cuidar do meu filho, mas ao mesmo tempo tenho medo de morrer e deixá-lo aqui. Quem vai ter paciência de cuidar dele como eu cuido?, chora dona Sebastiana que tem muita fé em Deus que tudo será resolvido.
    Fabiano passa a maior parte do tempo deitado e não tem consciência do que acontece em sua volta. O rapaz, que completará 25 anos dia 11/06/09 antes da agressão e agora. Era alegre, esbelto. Hoje é triste, obeso, sem vida social.
    (Fernando Guimarães).


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